Desculpa se te chamo de amor...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Para: Você.




De novo? Para, pode parar. Quando foi a última vez que eu estive aqui? Não tem nem três meses, né? E olha eu aqui de novo, pra te falar as mesmas coisas, de novo. Pode parar. Pode parar agora com esses pensamentos de que a felicidade foi, também, feita pra você. Talvez até tenha sido, mesmo, eu realmente não duvido. Mas você já não se conhece bem o suficiente pra saber que, mesmo se você estiver lá no topo, você nunca vai aproveitar cem por cento, por que vai estar alerta a cada movimento, cada respiração, cada articulação, cada piscada, esperando aquele momento? É, esse momento mesmo. O momento em que você cai.
Aliás, bem lembrado. Isso é outra coisa que precisa ser parado agora. Chega de cair, né? Já deu, não é verdade? Chega de alimentar pensamentos, fantasias, histórias maravilhosas em que alguém enfrenta o que for, ou enxerga a sua beleza - coisa que ninguém mais vê. Para. Você não está num filme de romance, aonde exiatem mil mulheres magras, bonitas e confiantes, mas é algum detalhe em você - que diga-se de passagem não é nada do que essas mulheres são - que faz com que o George Clooney te prefira. Você não está num filme aonde ele esbarra com você no mercado, e ele - não você, ele - sente um frio na barriga e pede seu telefone. Você não está num filme aonde nem idade, nem corpo, nem beleza importam.
Eu sei, eu sei. É complicado pra você sair desse mundo de fantasia, que você mesma construiu como sendo seu próprio refúgio. Não posso te culpar. Mas não dá mais. Não aguento mais vir aqui pra sempre te falar as mesmas coisas. E eu não posso deixar de vir. Alguém precisa te puxar pra realidade, menina. Não gosto do papel que me deram, e gosto menos ainda de te lembrar que o chão tá aí, duro como sempre, só te esperando mais uma vez.
Queria acabar essa carta, com a certeza de que só vou voltar, quando for pra te ver feliz com algo concreto, entregando seu sorriso e esperanças pra alguém que os dê valor, mas olha você aí de novo, já fantasiando...Ou seria eu?

Assinado: Sua consciência.

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