Desculpa se te chamo de amor...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Branco e Preto



Andei pensando (pra variar) durante dias, e tive a leve sensação de que vivo numa vida em branco e preto aonde eu, no máximo, faço uma aparição aqui, outra ali, mas que, na maioria das vezes, não basta de figuração. Aquela história de figuração na vida real, sabe? Isso mesmo. E nessa vida que eu vou levando - não sei há quanto tempo, mas mesmo assim, vou levando - algumas pessoas se destacam. Algumas pessoas têm cor, e participações especiais. Não na minha vida em preto e branco, mas no cenário, em si. É aquela coisa, né? A vida está aí, não para nunca, e algumas pessoas nasceram pra se destacar, pra fazer a diferença, pra se fazer notar, pra se fazer ter cor. Outras, simplesmente estão de figurantes, pra não deixar a tela muito vazia. Você pode se sentir vazia. A tela, não, nunca. E como eu ia dizendo, algumas pessoas tem cores. Como aquele moço sendo extremamente educado com um funcionário, o que fez com que, aos meus olhos, ele ganhasse cor na hora. Ou então, aquela velhinha fofa atravessando a rua, e sorrindo até pra árvore. E até mesmo você. Ainda não consegui entender exatamente de onde sai sua cor, por que você tem cor, por que você não é figurante. Tá, pode até ser pra outras pessoas, mas pra mim, você é quase como um protagonista desses que a gente gasta dinheiro no cinema, só pra ter o gostinho de ver. Esqueço a sua voz 10 minutos após ouvi-la, e quase esqueço que você existe, depois de alguns dias. Mas sabe aquela história da raposa? "No início, você se sentará um pouco longe de mim, assim, na grama. Eu olharei pra você com o canto dos olhos, e você não dirá nada. As palavras são uma fonte de mal-entendidos. Mas a cada dia você poderá se sentar um pouco mais perto...Se você vier, por exemplo, todas as tardes, às quatro, a partir das três eu começarei a ser feliz. Com o passar da hora, a minha felicidade vai aumentar. Quando chegarem as quatro horas, começarei a me agitar e a me inquietar; descobrirei então, o preço da felicidade. Mas, se você vem a qualquer hora, eu não saberei nunca a que horas devo preparar o meu coração...São necessários rituais."
Sim. São necessários rituais. Meu ritual em relação à você, não passa de um simples sorriso e uma pergunta que eu faço todas as manhãs pro porteiro da minha faculdade: "Oi, tudo bem?". Mas conto os dias da semana, e, quando o dia realmente chega, arquiteto planos e histórias na minha cabeça de fantasias, querendo, bem no fundo, que você tenha também, um ritual quando se trata de mim. Que você não necessariamente conte os dias da semana, ou as horas, afinal, imagino que isso seja coisa de mulher, mas que você saiba que, ao sair dali, a pessoa sentada vai ser eu, que vai te olhar, sorrir e fazer aquela pergunta cretina, que você sinta aquela adrenalina no pico mais alto, e logo depois, ela descendo, descendo, e você se sentindo no branco e preto, mais uma vez. Mas você não deve se sentir no branco e preto, né? Mesmo que você se sinta, ou mesmo que você seja, pra mim, você tem as cores mais radiantes do mundo. E eu não sei por quê.

3 comentários:

  1. Oi, querida, obrigada pelo elogio. Mas não é um concurso. É só uma sessão de fotos pra quem deseja ser modelo Plus Size ou, como no meu caso, apenas guardar um registro. Já fiz um book. As fotos que estão no meu blog são da sessão que fiz em São Paulo, também organizado pelo blog Mulherão. Aliás, você conhece o Mulherão? De vez em quando escrevo pra lá também.
    Beijos e sucesso no blog: fofo demais.

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  2. Ahhhh leitora do blog Gordinhas Tbm Vivem!!! Vimmm passar aqui pra dar uma espiadinha no seu blog, da qual A-D-O-R-E-I.
    BIG bjus Linda!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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