Desculpa se te chamo de amor...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

À primeira vista.



Preciso parar com isso, de acreditar que coisas extraordinárias podem acontecer na minha vida a qualquer instante. Nunca ganharei na mega-sena, nunca serei heroína por salvar alguém que estava se afogando, não terei uma morte trágica, como um acidente de avião. Coisas extraordinárias não acontecem na minha vida. Você não vai acontecer na minha vida.
Veja bem, vamos analisar. À primeira vista, eu não passo de alguém com seus vinte e poucos anos, alguns sonhos, todas as inseguranças, talvez nenhum objetivo a ser cumprido nos próximos meses ou anos, um sorriso no rosto - sempre - e fugindo um pouco do padrão hoje imposto.
À segunda vista, porém, se você fizer uma análise, você vai constar que, realmente, eu sou alguém com seus vinte e poucos anos, com todas as inseguranças, porém, com mil e um objetivos, mil e um sonhos, mil e uma fantasias, mil e um jeitos de me interagir com qualquer tipo de criança, em qualquer lugar. Vai perceber também, que é impressionante o modo como eu achei um jeito de explicar o que aconteceu em relação à você: não gosto de ninguém mas, de repente, escapa um momento, um gesto, uma pessoa perdida, linda e única. Você. E eu fico acreditando que eu sou capaz de ser uma pessoa boa, e ser capaz de receber essas coisas boas. Mas pode ficar tranquilo, que isso não dura muito, não. Minha consciência berra dentro de mim, me puxa a todo custo de volta pra minha realidade aonde ninguém percebe, ninguém entende, ninguém vê, ninguém sente.
O que eu quero te dizer é que, eu tenho muito, muito mesmo, dentro de mim. Coisas puras, inocentes e verdadeiras, e, te juro: não quero mais dar, sem receber nada em troca. Não funciona mais, essa coisa bonita, de dar sem receber. Isso funciona em rezas, histórias de santos e demais seres evoluídos do planeta.
Não que eu esteja te cobrando algo, longe de mim, não te conheço e tudo o que você sabe sobre mim, é que, quando eu espirro, o som emitido é fraquinho. Só queria desabafar. É que é chato entregar seu sorriso de bandeja pra qualquer um, sabe?

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