Desculpa se te chamo de amor...

domingo, 24 de outubro de 2010

Seu aniversário.



Veja bem: antes de mais nada, quero deixar registrado, logo nas primeiras linhas, que eu tenho total noção de quão ridículo tudo isso é. E que eu também tenho vergonha e escrevo isso vigiando a porta, com medo de que alguém entre e me veja escrevendo algo tão patético. Descobri na quinta, que ontem seria seu aniversário. E eu, boba do jeito que sou, fixei meu pensamento em você, quando ainda faltavam dez para a meia noite, de sexta pra sábado. Se tivesse seu telefone, te ligaria assim que o ponteiro marcasse que, pronto, já era seu aniversário. Ser a primeira a te dar parabéns. Porém, tudo o que eu fiz, foi ficar indagando quem terá sido a primeira pessoa a pular em você, te abraçar bem forte, e desejar que você fosse a pessoa mais feliz do mundo, não só no seu aniversário, mas pelo resto dos dias. Talvez tenha sido eu, a primeira a te dar parabéns. Por pensamento, claro, mas acho que fui eu. Peguei no sono rápido, e acordei na ainda manhã do seu aniversário. De novo, comecei a pensar se sua namorada - por que sim, você tem uma - te presenteou com um café-da-manhã na cama, com uma gravata nova ou, até quem sabe, alguma fantasia sexual. Talvez, eu tenha, de novo, sido a primeira pessoa a te presentear, também. Não com um café-da-manhã na cama, uma gravata nova ou uma fantasia sexual. Mas eu te presentearia tentando, por em palavras, o quanto você me encanta, mesmo eu sabendo apenas coisas básicas sobre a sua pessoa. Depois, no almoço, pensei que, bem, você deveria estar com sua mãe, sua irmã e suas sobrinhas, sempre tem essas comemorações familiares em aniversários. E que, talvez, você estivesse desejando, sem dizer pra ninguém, que seu pai também estivesse lá com vocês, mesmo você sabendo que ele já se foi há algum tempo. E a noite, quando olhei no relógio e vi que eram quase dez da noite, quase pude ouvir o chuveiro sendo desligado por você, sentir o cheiro do sabonete e do shampoo se misturando, e te ver na porta do armário, pegando sua roupa para encontrar seus amigos. Hora de comemorar com eles. Mas, como eu disse, eu quase pude ouvir, sentir e ver. Isso não aconteceu, por que, enquanto você provavelmente parava em frente ao seu armário, sentindo o cheiro do sabonete na sua pele, o único armário que eu via, era o meu, o único cheiro que eu sentia, era do meu perfume. Mas, mesmo assim, nos meus pensamentos, sorri, disse pra você ter juízo, te dei um beijo na testa, e deixei você ir, pra encontrar seus amigos, e sua namorada. E, mesmo sem nunca ter te tocado, desejei que você fosse feliz ontem, e sempre.

5 comentários:

  1. Tambem tenho tantos desejos, tenho tantos sentimentos dentro de mim...
    sou tão dependente deles!


    um beijo querida.

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  2. que lindo *-*
    Igual a vocês duas, também tenho muitos desejos... E bom, com esforço estou quase conseguindo um dos mais importantes pra mim (:

    Boa sorte para todos, rs !
    beijoos ! (:

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  3. Presentão mesmo esse amor tão puro e generoso. Já devaneei muito na minha vida pensando em pessoas que nem sabiam da minha existência... Acho que isso faz parte da vida, mas machuca tanto. Principalmente porque 'ele tem namorada', neh?

    Seus textos são lindos, só me dão uma pontinha de tristeza... Acho que é porque eu me identifico.

    :) Abraço!

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  4. Me identifico tantoooooooooooooooooooo com vc que quero copiar e colar no meu te dando os créditos minha amiga!

    Bjoooooo enorme, Isa!

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  5. A sensibilidade tão rara hoje em dia, está impregnada em suas palavras.
    Bj

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