Desculpa se te chamo de amor...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Medo




O caminho até lá foi tranquilo. Meu pai e meu irmão me levaram, e eu estava um tanto quanto calma, até consegui dormir um pouco no carro. Quando eles me deixaram lá, um medo tão, tão mais tão incontrolável tomou conta de mim, que tudo o que eu queria fazer era sair correndo, chegar na minha casa e me trancar no meu quarto e nunca mais sair dali. Mas, claro, eu sempre tive a mania estúpida de provar pra seja lá quem for que eu posso, que eu consigo, mesmo que no fundo, eu esteja gritando de tanto medo. E lá fui eu. Ou melhor, aqui estou eu. Há milhas e milhas de distancia da minha casa, dos meus pais, meus irmãos, minha terapeuta. Mas isso não tem nada a ver com o que eu quero falar aqui, agora. O que eu quero falar aqui e agora, é que isso tudo é muito estranho. Eu penso em você pra me acalmar. E o mais estranho é que você realmente me acalma. Você não acha isso estranho?
Fiquei exatamente 10 horas dentro de um avião, com uma vontade imensa de chorar, morrendo de medo, querendo minha terapeuta mais que tudo na vida e enquanto eu lutava com todos os milhões de fantasmas que existem dentro de mim, e sempre aparecem quando não devem, você surgiu na minha memória. E, meu Deus, que paz me veio. Que paz me veio em pensar em sentir sua mão segurando a minha, minha mão apertanto forte seu braço, pelo meu medo. Minha cabeça deitada no seu ombro, numa tentativa de relaxar. E, caso eu conseguisse dormir, ser acordada por você, dizendo: "Amor, amor, acorda! Já chegamos".
E o meu medo, dentre todos esses outros, é de que aconteça algo comigo, e eu não possa te dar tudo isso que tanto me sufoca aqui dentro. Será que você não entende? E se alguma coisa me acontecer antes de eu realmente te ter, pra segurar sua mão? Antes de você me ter, pra me acordar?
Por favor, aparece logo, me nota logo! Não quero mais perder todo esse tempo com meus medos e fantasmas. Não aguento mais ter só essas companhias. Preciso da sua, para afastar as deles.

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