Desculpa se te chamo de amor...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O gesto



Você chegou com todos aqueles seus amigos e companheiros de time, e eu lembro de, quando vi todos vocês entrando, querer me livrar logo do abraço que estava dando em alguém que não tinha essa importância toda, e ir correndo falar com você. E foi o que eu fiz, e você, como já era de praxe, fez aquelas suas brincadeirinhas, me fazendo dar aquela minha velha risada que também te fez rir, até que nos mandaram ficar quietos, pois a palestra ia começar. Parei do seu lado, e por algum motivo, falei algum palavrão, que fez seu amigo protestar algo que eu não entendi e te fez rir, fazendo seus braços circularem minha cintura, e por ali ficarem. Até que você fez o gesto mais lindo que um homem poderia fazer, na minha opinião: beijou meu nariz.
Existe algo mais lindo que isso? Mais respeitoso, mais bonito? Não a boca, não o ombro, não a bochecha. O nariz. Sorri com toda a pouca e verdadeira meiguisse que existe dentro de mim pra você, e te beijei. Você sorriu e fez mais palhaçada, você e esse seu lado palhaço. Amo seu lado palhaço. E então, no meio disso tudo, eu paro, e penso: poderia eu, ser feliz assim? Me sentir completa, assim? Ter um gesto que eu sempre quis, assim? Ter alguém com toda a sua beleza, assim? Meu nextel vibra. Não, não poderia ser tão feliz assim, nem tão completa, nem ter esse gesto, muito menos alguém com tamanha beleza como você tem. Era tudo uma manifestação do meu inconsciente. Abro os olhos pra vida cinza, sem coisas completas, sem essa felicidade, nem essa beleza, nem esses gestos. Eu estava sonhando.

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